Eletrobras vende participação na Eletronuclear à J&F por R$ 535 milhões
- fluxolivresa
- 15 de out.
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A operação também reposiciona a Eletrobras, que busca reduzir sua exposição a empreendimentos de risco elevado

A Eletrobras anunciou nesta quarta-feira (15) a alienação integral de sua participação na Eletronuclear. A compradora é a Âmbar Energia, subsidiária da holding J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista. O negócio foi fechado por R$ 535 milhões. A transação marca o afastamento da Eletrobras do segmento nuclear. Embora a Eletrobras detivesse uma fatia minoritária, ela era responsável por garantias financeiras e obrigações contratadas junto à União. No acordo, a J&F (via Âmbar) assume as garantias de empréstimos que a Eletrobras havia prestado em favor da Eletronuclear. A companhia dos irmãos Batista será responsável pela integralização das debêntures previstas no acordo firmado com a União, no montante de cerca de R$ 2,4 bilhões. Ainda assim, o controle estratégico e regulatório das usinas nucleares permanecerá com o Estado, via a ENBPar. A empresa já era acionista da Eletronuclear e atua como veículo para ativos considerados “imprescindíveis” do setor energético nacional. Nova composição
Após a conclusão da operação, a Âmbar Energia passará a deter 68% do capital total da Eletronuclear e cerca de 35,3% do capital votante. Esses percentuais refletem que a Eletronuclear continuará sob influência estatal nos aspectos decisórios, embora com participação privada expressiva. Sem a Eletrobras como sócia operacional direta, a Eletronuclear ganha mais liberdade para reorganizar suas estratégias financeiras e executivas, desde que respeite a supervisão estatal via ENBPar.
O projeto Angra 3, com valor estimado em mais de R$ 23 bilhões, enfrentava dificuldades orçamentárias e burocráticas. Os defensores da Eletronuclear afirmam que a conclusão ainda é viável, com a empresa captando cerca de 90% dos recursos necessários internamente e parceiros cobrindo o restante.






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