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Chupeta para ansiedade? Entenda por que adultos estão aderindo e os perigos do hábito

Ator Ary Fontoura ironizou o uso do acessórios nas redes sociais Foto: reprodução Instagram
Ator Ary Fontoura ironizou o uso do acessórios nas redes sociais Foto: reprodução Instagram

Nos últimos meses, tem-se observado em redes sociais, especialmente no TikTok e no X, um fenômeno curioso: adultos recorrendo à chupeta como método para aliviar o estresse, melhorar o sono e lidar com crises de ansiedade. Essa prática, que tem ganhado força em países como China e EUA, já desperta atenção de profissionais de saúde mental e bucal. Para muitos, a chupeta funciona como uma âncora emocional, remetendo à segurança e conforto da infância. A sucção traz uma sensação calmante quase que imediata. Trata-se de uma espécie de efeito placebo, útil em momentos de tensão ou insônia. Há relatos de pessoas que a utilizam também como substituto psicológico em processos de abstinência, como no caso do tabagismo. O alerta dos especialistas

1. Saúde mental em risco

Segundo a psicóloga Carla Campos, a chupeta não resolve a causa da ansiedade, podendo inclusive retardar o amadurecimento emocional e impedir o desenvolvimento da autonomia e da resiliência emocional. Outro psicólogo, Alexander Bez, considera o hábito “uma fuga da realidade e da fase adulta”, um modo inconsciente de se esquivar das responsabilidades. 2. Prejuizos bucais e físicos

O uso contínuo pode acarretar graves consequências à saúde bucal:

  • Comprometimento da mordida e desalinhamento dos dentes, como o aparecimento de mordida aberta ou cruzada, ainda mais difícil de corrigir em adultos;

  • Sobrecarga das articulações temporomandibulares (ATM), resultando em dores, estalos e até dificuldades para abrir ou fechar a boca;.

  • Acúmulo de placas e agravamento de cáries, gengivites e mau hálito, especialmente quando a higienização não é adequada;.

  • Alterações na posição da língua, comprometimento da fala e da deglutição, além de riscos respiratórios ao induzir respiração bucal em vez da nasal;

  • Durante o sono, há ainda risco potencial de engasgo com o objeto solto na boca, conforme alerta de dentistas 3. Tratamentos dolorosos ou complexos

Se houver alteração nas arcadas dentárias, será necessário ortodontia especializada, e até fonoaudiologia para corrigir posicionamento da língua e hábitos respiratórios. Essas intervenções são normalmente mais demoradas e caras em adultos. Alternativas seguras e eficazes:

  • Terapias psicológicas (como TCC ou abordagens analítico-comportamentais) que tratam a raiz da ansiedade.

  • Técnicas como atenção plena (mindfulness), respiração controlada, atividade física e higiene do sono.

  • Intervenção profissional para questões bucais persistentes — antes que a situação se agrave.

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