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EA é vendida por US$ 55 bilhões em maior negócio da história dos games


Fachada da Electronic Arts com logo marca da empresa na grama
Foto: divulgação

A Electronic Arts (EA), famosa por franquias como EA Sports FC (antigo FIFA), The Sims, Battlefield e Madden NFL, foi adquirida por um consórcio liderado pelo fundo soberano da Arábia Saudita, Public Investment Fund (PIF), juntamente com os grupos Silver Lake e Affinity Partners. A transação chega ao montante recorde de US$ 55 bilhões, cerca de R$ 292 bilhões, na cotação atual. Esse valor torna o negócio o maior leveraged buyout (LBO) já registrado no setor de videogames e um dos maiores da história corporativa, especialmente considerando que envolve alavancagem já que grande parte do financiamento se dá por meio de dívida. Com a aquisição, a EA sairá da bolsa NASDAQ, deixando de responder às exigências de resultados trimestrais exigidos pelos investidores públicos. Isso permitirá à nova gestão operar com uma visão estratégica mais de longo prazo, investindo sem tanta pressão do mercado financeiro. Apesar da mudança, a sede permanecerá em Redwood City, Califórnia, e Andrew Wilson seguirá como CEO da companhia. O consórcio vai aportar cerca de US$ 36 bilhões em capital próprio, enquanto US$ 20 bilhões serão financiados por meio de dívida organizada pelo banco JPMorgan. Essa estrutura é típica de operações “alavancadas”, nas quais boa parte do valor pago é financiado por endividamento, usando ativos da própria empresa como garantia. Além disso, o PIF já detinha cerca de 9,9% das ações da EA antes da operação, e vai reintegrar esse investimento na nova estrutura societária. Reação nos mercados

A notícia provocou forte reação no mercado acionário: as ações da EA subiram mais de 5% após o anúncio. Em relatórios internacionais, alguns veículos apontam variação até 15% em curto período.  Essa valorização reflete o prêmio embutido na oferta (US$ 210 por ação), que representou cerca de 25% a mais em relação ao preço antes do vazamento das negociações. A aquisição da EA se insere numa tendência maior de concentração no setor de entretenimento digital e videogames. Operações como a fusão entre Microsoft e Activision Blizzard, por exemplo, já mostraram como grandes estúdios e publishers podem se agrupar para ganhar escala e poder de mercado. Até a finalização do negócio (prevista para primeiro trimestre fiscal de 2027), a EA seguirá normal, mantendo cronograma e investimentos em títulos já planejados, como EA Sports FC 26, Battlefield 6 e o próximo Mass Effect. A própria EA ressalta que o objetivo da nova composição é reforçar o que já dá certo, não mudar radicalmente seu DNA criativo e tecnológico.

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