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“Morte ao Spotify”: movimento de artistas questiona domínio dos algoritmos

O protesto une artistas que cobram transparência nas recomendações, remuneração mais justa e limites éticos no uso de tecnologia na indústria fonográfica

Smartphone com tela inicial do Spotify, fone de ouvido branco em cima de teclado de um notebook
Foto: Pixabay

Um novo movimento batizado de “Morte ao Spotify” (ou Death 2 Spotify, no original) tem ganhado força entre músicos e produtores que criticam o modelo de remuneração e o papel dos algoritmos nas plataformas de streaming. A campanha, que começou em eventos realizados nos Estados Unidos, se espalhou pelas redes sociais como forma de protesto contra o que artistas chamam de “concentração de poder e perda de autonomia criativa” no ambiente digital. A expressão “Death 2 Spotify” surgiu em uma série de palestras em Oakland, Califórnia, onde artistas independentes e selos alternativos discutiram os impactos do domínio das plataformas sobre a forma como a música é descoberta e consumida. A crítica central é a dependência crescente dos algoritmos de recomendação, que determinam o que o público ouve e reduzem a diversidade artística.

Além disso, o movimento levanta questões sobre a remuneração considerada baixa por execução, especialmente para músicos fora do circuito das grandes gravadoras. Cada reprodução entre US$ 0,003 e US$ 0,005. Segundo os líderes do movimento, essa lógica de pagamento favorece artistas de grande audiência, dificultando a sustentabilidade de carreiras independentes. Reações e desdobramentos

A campanha ganhou repercussão nas redes sociais após a hashtag #Death2Spotify se espalhar entre artistas que decidiram remover suas músicas da plataforma. Entre os motivos citados, também aparecem as ligações do CEO Daniel Ek com investimentos em empresas de tecnologia militar e a disseminação de faixas criadas por inteligência artificial, algumas delas utilizando vozes de artistas já falecidos sem autorização. Músicos e bandas de diferentes gêneros passaram a adotar uma postura crítica, defendendo maior transparência nas políticas do streaming e novos modelos de distribuição digital. Alguns têm migrado para alternativas como o Bandcamp ou optado por lançamentos diretos ao público, sem intermediação de grandes plataformas.




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