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OMS, UE e Reino Unido rejeitam alegações de Trump sobre autismo, vacinas e uso de Tylenol na gravidez


Presidente dos EUA Donald Trump aparece falando em microfone. Ele foi desmentido pela OMS sobre uso do Tylenol
Trump alegou relação causal sem apresentar provas Foto: reprodução X/White House

Nas últimas semanas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o uso de Tylenol (nome comercial do paracetamol) por mulheres grávidas poderia estar ligado ao autismo nos filhos, e que vacinas na infância também teriam conexão com o transtorno. Essas alegações ganharam repercussão internacional, mas foram prontamente contestadas por autoridades científicas e de saúde nesta terça (23). A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que atualmente não há evidências consistentes que comprovem ligação entre o uso de paracetamol na gravidez e o autismo. Estudos que sugerem alguma associação são inconclusivos, pouco replicados, e não suficientes para alterar recomendações. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA), vinculada a União Europeia informou que não há novos dados que justifiquem mudanças nas diretrizes sobre o uso do paracetamol durante a gestação. A EMA afirma que o medicamento pode ser utilizado quando necessário, mas com cautela, especialmente em dose e frequência. Já instituições de saúde britânicas também afirmaram que o uso de paracetamol por gestantes é considerado seguro, seguindo as práticas médicas existentes. Além disso, a OMS reforçou que vacinas não causam autismo, conforme demonstrado por numerosas pesquisas científicas. O que dizem os estudos científicos Algumas pesquisas exploraram se há correlação entre uso de acetaminofeno/paracetamol na gravidez e o desenvolvimento neurológico da criança. Em certos casos surgiram associações estatísticas sugestivas, mas geralmente com limitações (como número reduzido de participantes, variáveis de confusão, relatos retrospectivos, etc.) que impedem concluir que existe relação causal. A replicação desses estudos é limitada. Estudos extensos já descartaram qualquer ligação causal entre vacinas (como as contra sarampo, rubéola, etc.) e autismo. Revisões sistemáticas mostram que vacinas são seguras e eficazes.

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