Tornozeleira e fiança milionária: Justiça solta Sidney Oliveira e executivo da Fast Shop

Foto: divulgação

O empresário Sidney Oliveira, fundador da rede de farmácias Ultrafarma, e Mário Otávio Gomes, diretor estatutário da Fast Shop, deixaram a prisão na tarde desta sexta-feira (15 de agosto de 2025) após decisão da Justiça. Os dois foram detidos na Operação Ícaro, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec), sob suspeita de envolvimento em um esquema bilionário de corrupção e fraudes fiscais relacionadas a créditos de ICMS. Segundo as investigações, o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto seria o principal operador do esquema, tendo recebido mais de R$ 1 bilhão em propina através de uma empresa de fachada registrada em nome de sua mãe. Fiança e liberdade A soltura ocorreu porque o Ministério Público não requereu a prorrogação das prisões temporárias de Oliveira, conforme prazos legais, uma falha que permitiu sua liberação. Apesar de estarem em liberdade, Oliveira e Gomes tiveram tornozeleiras eletrônicas instaladas e foram obrigados a pagar fiança no valor de R$ 25 milhões. Essas medidas visam assegurar seu comparecimento e impedir riscos à investigação.

Desde sua detenção na terça-feira, 12 de agosto de 2025, Sidney Oliveira esteve recolhido na delegacia do 8º Distrito Policial, no bairro do Belenzinho, Zona Leste de São Paulo. Ele dividia cela com outros 52 presos, uma média de mais de sete detentos por cela, permanecendo em condições precárias, com colchão fino e refeições simples.