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UFC identifica em minerais de Quixeramobim fenômeno óptico nunca visto no mundo


Pedaço de mineral é segurado por uma pinça com homem olhando ao fundo. Descoberta ocorreu em Quixeramobim por pesquisador da UFC
Descoberta está documentada em artigo de autoria de Isaac Gomes de Oliveira Foto: Ribamar Neto/UFC

Uma descoberta científica realizada por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) pode abrir novas fronteiras para o desenvolvimento de tecnologias ópticas. Minerais coletados em Quixeramobim foram identificados como portadores de uma característica óptica inédita no mundo, que desafia o atual entendimento sobre estrutura atômica e comportamento óptico de minerais. O autor principal da pesquisa é Isaac Gomes de Oliveira, doutor em Geologia pela UFC. A pesquisa foi fruto do seu trabalho de doutorado, envolvendo coleta e análise de minerais da região de Quixeramobim, no Sertão Central cearense. O que torna essa descoberta especial é que os minerais exibem uma propriedade óptica até agora nunca registrada em qualquer outro mineral no mundo. Ou seja, há um fenômeno óptico novo, que amplia o conhecimento sobre como a luz interage com a matéria mineral. Esse achado tem implicações diretas para como interpretamos a estrutura atômica dos minerais, bem como para aplicações tecnológicas que dependem das propriedades ópticas, tais como sensores, materiais fotônicos, componentes ópticos em telecomunicações e talvez em dispositivos que utilizem luz de maneira muito precisa. Novas tecnologias Novas propriedades ópticas podem significar materiais com maior controle sobre como absorvem ou refletem luz, como modulam a polarização, dispersão ou até interações em níveis quânticos, o que é relevante para tecnologias ópticas avançadas. Em um cenário com demanda crescente por componentes mais eficientes em energia, menores, de menor custo, e com desempenho superior (por exemplo, em fibra óptica, sensores optoeletrônicos, displays, lasers, ou sistemas de imagem), descobrir propriedades novas em minerais naturais pode levar à inovação de materiais ou ao desenvolvimento de novos compósitos ou cristais feitos sob medida. A pesquisa já foi formalizada em artigo científico publicado em julho. As próximas etapas envolverão replicação do fenômeno, testes de variabilidade (ver se todos os minerais da mesma espécie com origem semelhante o exibem ou apenas algumas amostras), além de estudos práticos para ver se essa característica pode ser explorada em dispositivos.

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