Itaú promove demissões em massa após monitoramento de produtividade no home office
- fluxolivresa
- 8 de set.
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O Itaú Unibanco executou uma onda de demissões que atingiu cerca de mil funcionários que atuavam em regime híbrido ou home office, nesta segunda-feira (8). A justificativa oficial foi a “baixa aderência ao trabalho remoto” após um monitoramento de produtividade, gerando forte repercussão e críticas do Sindicato dos Bancários. Segundo nota oficial, o banco realizou uma “revisão criteriosa de condutas” no trabalho remoto, identificando padrões incompatíveis com sua cultura de confiança. Alinhado a uma gestão responsável, o corte teria ocorrido sem divulgação de número exato de desligados. Dados e repercussão sindical
O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região estimou que aproximadamente mil funcionários foram demitidos e denunciou que o processo ocorreu de forma unilateral, sem advertência ou diálogo prévio com os trabalhadores. A entidade criticou duramente o uso de métricas como inatividade nas máquinas corporativas, inclusive períodos de até quatro horas sem interação, como justificativa para demissões. Para o sindicato, o critério é “extremamente questionável” por desconsiderar fatores como falhas técnicas, sobrecarga ou contextos de saúde.
O caso gerou um debate sobre os limites do monitoramento corporativo. Para os críticos, o uso de telemetria de clique como critério decisivo abre espaço para uma espécie de “Big Brother corporativo” e pode comprometer direitos trabalhistas e privacidade.
A forma abrupta como os desligamentos foram conduzidos tem potencial para desencadear ações judiciais e protestos, segundo representantes sindicais. O sindicato promete intensificar a mobilização e exigir explicações detalhadas sobre os critérios utilizados, além de políticas de realocação ou treinamento.






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